Há sete anos você me fez esta mesma pergunta: “Case-se
comigo”. Sem ao menos questionar-me, eu lhe disse “Sim”.
Naquele momento, nenhum de nós imaginávamos o que a vida
havia nos reservado, um deslumbrante golpe, pouco similar as fantasias que tínhamos.
Diante de uma única imagem, novamente sem pensar, te renunciei, contentei-me com
teu silencio obrigando-o a ser resposta para meus questionamentos.
O tempo passou, e hoje, muitos me indagaram em relação a ausência
do medo diante deste imenso passo que estaria tomando, a resposta mais correta
a dar-lhes é: Eu te conheço.
Te conheci como amigo, te conheci como cúmplice, te conheci
como namorado, amante, filho, lhe conheço como pai, como homem, porém, dentre
todas suas versões, uma não me é real ainda, e esta, muito me agrada conhecer.
Meu amor, hoje, diante todos os nossos amigos e familiares
aqui presentes, queria dar-lhe meu coração, dizer que o guardei este tempo
todo, para que neste momento tão propício, pudesse lhe entregar. Infelizmente,
não posso dar algo que não mais possuo! Há sete anos atrás, tomada pela mais
bela paixão, entreguei-lhe todo meu amor, o meu coração, e nunca o tive de
volta.
Sempre disse aos que me rodeiam, que quando o momento certo
chegasse, entenderíamos porque os outros eram errôneos, hoje, entendo porque
nunca consegui entregar meu coração a mais ninguém, ele nunca mais me pertenceu
depois que o entreguei.
Neste instante, apesar da ausência do coração em mim, o que
posso lhe oferecer, é o meu “sim”, meu sim apaixonado, meu sim sincero, meu sim
de amiga, namorada, cúmplice, meu sim emocional, e principalmente, meu sim
racional, entendendo que não importa o que vier pela frente, dentre todos os
golpes, e milagres que a vida vier a nos envolver, todos os dias a partir deste
momento, você terá o meu “SIM”.
(DMA)