E lá fui eu, geralmente é para onde se vai quando a vida fica um pouco intragável.
(DMA)
Minha voz sai pela boca, e não mais pelos dedos.
(DMA)
"Ser a melhor não quer dizer não errar. Erramos, mas sempre temos o amor, os sorrisos, as lágrimas compartilhadas, e tantas outras coisas boas que fazem com que o erro pareça insignificante e o perdão indispensável."
(Fernanda Ricas)
Cheguei a pouco de evitar que aquela pobre mulher fosse expulsa de seu apartamento sem que ao menos soubesse.
- Foi para isso que saíram antes do enterro chegar ao fim? Para caírem como urubus em cima da herança de meu pai?
- Não estamos pensando só em nós, você também tem direito a isto, ela não é ninguém para ficar com algo.
- Ela é quem esteve com ele durante as duas crises antes do falecimento, enquanto nós estávamos seguindo as nossas vidas, ela parou tudo pra socorrê-lo e viver para ele, passou noites em um hospital o vendo morrer lentamente. Desfaça o que foi feito, é uma ordem!
(DMA)
- Quem é? – Perguntei apontando a um porta-retrato com a imagem de meu pai e um menino moreno, de olhos claros e sorriso largo. 
- Estevão, meu filho. – Ela já devia estar acostumada com a reação das pessoas ao dizer que era seu filho, tentei me conter, mas acredito que agi de forma igual aos outros. 
Mirella tinha 40 anos, pele clara, cabelos sempre bem arrumados e loiros, dona de um olhar firme da cor do mel. De comum a Estevão somente o sorriso, boca fina e larga, o contraste da cor de pele deles surpreendia a todos. Sem perceber estava encarando a foto e olhando para Mirella repetidas vezes, que sorriu. – Meu ex-marido era moreno, pouco puxou Estevão de mim.
(DMA)
 
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